O adulto no mundo da LIJ

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Quando publiquei o meu primeiro romance, me faziam recorrentemente a mesma pergunta: por que tinha decidido escrever para crianças? Não importava o que, nem se era bom ou medíocre, mas o que pegava era esse para “crianças”. Acho que a pergunta tinha duas conotações:

  • por que eu tinha decidido escrever para crianças, no sentido de como eu tinha conseguido fazer algo tão complicado/pouco comum.
  • por que eu tinha escolhido algo tão absurdo, a meio caminho da verdadeira literatura.

Acabei inventando uma resposta, não uma verdadeira, mas uma que resolvesse a questão: sou como um pediatra, ou seja, um médico, mas especializado em crianças. Observem como eu me abrilhantava com a palavra “médico” e “especializado”. E percebam como iludia o porquê.

Mas, afinal, por que é que eu escrevo para crianças? Por que eu não escrevo para adultos? O que é escrever LIJ? Um dia, conversando com uma colega escritora, ela fez uma referência a uma frase de sua filha. As duas estavam falando sobre os livros que a menina lia na escola e a filha de minha colega, ávida leitora, se referiu a eles como “livros para professoras”.

A frase ficou na minha cabeça – “livros para professoras”. Mas o que seriam? Minha mãe foi professora, o que exatamente significa essa frase? O que diz dos livros? Qual o sentido de “para professoras”?

Como toda generalização é injusta e falsa, mas mesmo considerando isto, é interessante aprofundar o significado da frase, sem ignorar suas limitações óbvias. Especialmente por ser a opinião de uma menina. É apenas uma opinião de uma leitora. Ainda assim, é um elemento atraente para se pensar.

O que são “livros para professoras”? Claro que, desde meu lugar, como escritor de LIJ, a interpretação da frase é subjetiva: o que eu percebo dessa frase é algo assim como que são livros ok, mas que não vão além disso. “Livros para professoras” me soa como comida de hospital. É saudável, sim, mas ninguém te convida para jantar em um hospital. Não existem restaurantes especializados em comida de hospital. Talvez até fosse o caso, mas não.

Na verdade, essa discussão e analogia não se referem tanto às professoras, mas àqueles a que esta menina resolveu chamar de “livros para professoras”. Ou talvez eu pense assim por ser um escritor. Seja lá o que for, a frase contem a presença do adulto na LIJ, este parâmetro de tensão onde, embora os destinatários da LIJ sejam almas menores de idade, ela é dirigida (escrita, editada, publicada, selecionada, orientada, explicada, mediada) por adultos.

O problema é que “os livros para as professoras” levam as coisas a um limite incômodo. O que acontece se, finalmente, o destinatário, o adolescente, essa criança, é praticamente esquecido? O que acontece se os livros de LIJ acabam tendo também como destinatários finais adultos? O que acontece se os adultos realmente, inadvertidamente, fecham o círculo, ainda que com as melhores intenções? Ao chegar tão filtrada a LIJ ao menino ou menina, quem acaba sendo o seu leitor final?

Parece que estou em desacordo com as professoras. De maneira nenhuma. Que culpa teriam as professoras se elas não escreveram nenhum livro? Também não sou contra aqueles que selecionam os livros. Nem contra as editoras que trabalham orientadas para as instituições educativas. Ao contrário. Acho que falta uma editora, falta uma seleção, falta uma mediação. E tem mais, agradeço que tudo isto exista. Admiro muito tudo o que é feito. Aliás, se as crianças pudessem escolher o que comer todos os dias, certamente escolheriam hambúrgueres e batatas fritas. Não se alimentariam bem. Não experimentariam sabores distintos. É necessária a intervenção dos adultos, também nessa dieta, a dieta cultural.

Façamos a análise ao contrário. Se a minha posição pessoal de escritor é pouco favorável a produzir textos como os que essa menina descreveu como “livros para professoras”, então como fica? Sou contra a alimentação saudável? Quero escrever junk food? Obviamente não é isso. Não sou contra a comida de hospital. Digo isso como pai. E, no entanto, compro sorvetes aos meus filhos, doces, biscoitos recheados, refrigerantes e quando saio para comer fora, deixo que eles comam de tudo. Claro que eu sei que muito do que eles comem não é a coisa mais saudável. Mas tem outras virtudes: o prazer, por exemplo. E não se pode ter tudo. Sempre é preciso abrir mão de alguma coisa.

Fat is flavor [A gordura é sabor], me disse um dia um chef em Los Angeles. A gordura é o sabor. Quanto mais sabor você procura, mais riscos você corre. Não quero utilizar a palavra “gordura” para descrever qualquer forma de literatura. O que quero dizer com isso é que, por vezes, um elemento que não é perfeitamente saudável também pode trazer vantagens. E surge um dilema: mais saboroso ou mais saudável, quanto mais sabor você procura, mais riscos você corre.

Acho que isso também é assim com a literatura. A boa literatura costuma não ser inócua, ou se ajustar a ideais preconcebidos, mas ao contrário. Geralmente nos coloca em lugares pouco confortáveis, costuma provocar angustia, costuma propor uma reflexão sobre o mundo desde alguém frágil, costuma mostrar o que nós não gostamos de ver.

Potencialmente, gera incômodo ​​desde todos os lugares possíveis: a sexualidade, a violência, a morte, os desejos inadmissíveis de vingança e sentimentos destrutivos e autodestrutivos. E também desde o riso, mesmo do riso fácil e barato, e por que não? Ler um livro, pelo menos, um de ficção, é expandir seu mundo, é recorrer um expecto de emoções que não excluam as pouco recomendadas pelos médicos, mas todas. Pelo menos é assim que eu penso.

Se nos limitarmos a esses supostos “livros para professoras” (e neste ponto já deve estar claro que a frase não se refere a livros “para professoras” em si, mas ajustados a um ideal de saúde emocional, a uma temática etc.) enfrentamos algo complexo: a ideia de autocensurarmos, de conceber um mundo cuidadosamente vigiado por um cabeleireiro e por um maquiador. Um mundo limitado, que não expande o do leitor, mas que o reduz. Existem problemas que não podem ser abordados na LIJ? Devemos fazer com que o leitor se sinta confortável ou que se incomode, ainda que seja pouco?

Em suma, o que esta frase traz à minha mente de escritor? A ideia de alienação do mundo infanto-juvenil e adulto.

Obviamente, a idade adulta e a infância-adolescência são partes da vida humana, com muito em comum, mas também com uma certa exclusão mútua. Não vejo a idade adulta como uma fase que contenha à infância e a adolescência, mas uma diferente. Talvez seja um truque que faço comigo mesmo para escrever. É evidente que para ser adulto é necessário ter passado por uma infância e uma adolescência, mas há músculos emocionais que esquecem e é lógico que que assim seja. É preciso esquecer. É preciso se sentir diferente para seguir adiante. E assim como para nós é quase incompreensível, em algum momento, haver estado apaixonado por uma determinada pessoa e nos perguntamos (sem respostas) o que nos aconteceu para acreditar que essa pessoa seria tão importante, o mesmo acontece quando somos adultos em relação à infância e à adolescência. Até certo ponto, é inevitável olhar esse momento com incompreensão e isso é saudável. Pois se trata de mundos diferentes. E até é diferente ser criança ou adolescente hoje que quando nós fomos.

Mas quando eu digo alheios me refiro, acima de tudo, a que nenhum é superior a outro, nenhum tem mais “experiência” que o outro. Cada um tem coordenadas diferentes, e vê desde o seu lugar.

E isso é importante para mim no momento da escrita. Partir desse lugar: da ignorância, da curiosidade. Essa alienação me convém para escrever LIJ. Esquecê-la, significaria escrever como o adulto, desconsiderando o adolescente ou criança que fui. E o que me interessa é o contrário. Estou interessado em resgatar quem eu era e comparti-lo.

Para escrever, pelo menos para escrever LIJ, preciso me mexer, me lembrar, voltar sobre mim, sabendo que minha adolescência ou infância foi um terreno meu quando caminhei por ele, mas sobre o qual não posso mais voltar. Só me restam cartas e recordações, como quando meus avós emigraram da Romênia para o Uruguai e nunca mais retornaram à sua terra natal. Me virar para ver o mundo desde quem eu já não sou é sempre o meu grande desafio. E meu grande fascínio com este trabalho.

Esta alienação não é um sentimento de hoje. É um sentimento presente desde meus treze anos, quando escrevi meu primeiro conto. Odiava literatura e língua espanhola na escola, porque me dava conta do imperialismo do mundo adulto que eu percebia na seleção dos textos, na visão deles, no lugar de mero receptor em que me colocavam. Escrevi, aos meus 13 anos, para me rebelar contra tudo isso.

Ainda assim, eu adorava que alguém fizesse um esforço para construir pontes. Nessa época, eu lia vorazmente Stephen King, cujas novelas estavam cheias de personagens que se masturbavam, se alcoolizavam e queriam matar a seus filhos, ou abusar sexualmente deles e depois morriam despedaçados. Era um mundo grotesco. E Stephen King parecia entreter-se com ele. E eu adorava. Cumpria um papel. Permitia que certas emoções minhas se canalizassem.

Queria ser Stephen King. Queria escrever como ele. No começo pensei que seria pelo lado sangrento. Depois descobri que não. Queria conseguir o mesmo que ele: ser um escritor que se colocava ao lado do leitor e lhe contava tudo o que podia, sem censura, sem nenhum plano, para além de contar e que essa histórias me leve a me integrar com os sentimentos e emoções do outro/a.

Em uma palavra, não alienação, e sim cumplicidade. Isto parece uma contradição. Afinal, não acabei de dizer que a alienação era algo bom na hora de escrever? Claro. É porque preciso da alienação para depois construir a cumplicidade. Uma precisa da outra.

Então eu adorava Stephen King, porque ele se punha do meu lado. Não queria me ensinar nada. Não tinha uma agenda. O que ele queria era conectar. Ser meu cúmplice. Compartilhar algo. Não sei que comida era, mas tinha um sabor muito humano. Enchia o estômago, te deixava satisfeito. Te deixava sonhando com mais.

Pode parecer uma grande defesa de Stephen King. Mas o que eu quero é lembrar o que um livro me produzia ao vincular-se comigo. Porque a menina, dos “livros para professoras”, creio que não se sentia muito conectada com os livros. Ou não tudo o que podia.

Portanto, lembrar o que acontecia comigo quando eu ficava fissurado em um livro é a única resposta que tenho. O que King fazia era escrever desde um certo panorama que se abria em minha direção. E por isso, quando escrevi, percebi que o que eu queria era gerar o mesmo em um leitor. Um vinculo. Mesmo que doloroso. Em uma novela, Stephen King descreve o mundo como um lugar que tem dentes. E se tinham que morder-me, que me mordessem, mas que se vinculassem comigo.

Assim, comecei a escrever com aspirações para publicar, tudo isso vinha desde os meus treze anos… quando o mundo adulto me parecia alienante e incompreensível. Não sempre, mas muitas vezes era um mundo injusto, autoritário, egoísta que pretendia que eu me adaptasse a ele, para o meu próprio bem. E nunca fazia o inverso, nunca considerava que você pudesse saber mais, ainda que tivesse menos idade, que você pudesse ter razão ainda que conhecesse menos coisas.

Essa estrutura mental e emocional do “para teu próprio bem” não faz parte dos meus romances. Naturalmente, saiu assim. Não sei se este é o melhor terreno onde fincar os pés, mas acho que está implícito na maioria dos contos de fadas, onde os adultos costumam ser atrozes. Roald Dahl também escreveu mostrando adultos vorazmente cruéis.

Seja como for, esta plataforma me permite respeitar o leitor dando-lhe minha honestidade muito mais do que a minha visão, minhas dúvidas muito mais do que minhas respostas, meus medos muito mais do que minhas certezas, minhas vulnerabilidades muito mais do que meus pontos fortes. Se fosse para contar histórias como um adulto, acabaria ministrando palestras. Ou sendo
inócuo. No entanto, se posso escrever desde o adolescente que fui, a coisa muda. Posso ser eu de outra forma. Posso conectar de outra maneira.

Bem, afinal, a questão inicial se torna relevante. Por que, sendo um adulto, eu escrevo LIJ?

Já disse: minha cumplicidade se dirige a um leitor que não é ninguém mais do que eu, antes. Escrevo para ele. E mais, escrevo honestamente. Sem fingimentos, nem segundas intenções. E sem oferecer-lhes comida de hospital porque esse adolescente (e criança) que fui não tinha doença alguma.

Para ilustrar tudo isso gostaria de dar um par de exemplos, um sobre como contar e outro sobre o que contar. São simples, mas importantes para mim. Começo com aquele que tem que ver com a linguagem. Em uma das minhas novelas eu queria contar a história de um menino tímido que queria conquistar a garota mais bonita da classe e ser o titular do time de futebol de sua série. Entre as coisas que mais me atraiam nessa história era como uma coisa influenciava a outra, o futebol como estratégia do amor. A novela é narrada em primeira pessoa e é um romance muito autobiográfico. A revisora pretendia que eu mudasse várias coisas, porque eram gramaticalmente incorretas. Minha resposta inicial foi que meu personagem falava com erros gramaticais (que, vamos ser claros, eram relativamente a questão menor). Era ele quem narrava a história. Com esses erros. E quando ela insistiu mais uma vez, aparentemente brava, dizendo que os jovens nunca falariam corretamente se não lhes dessemos o exemplo, minha resposta foi que não me interessava dar exemplo a ninguém.

Escrever LIJ implica, para mim, deixar o lado adulto de fora. Abrir mão dele de verdade. Abandoná-lo com suas ideias de controle de tudo, deixar suas ideias de certo/errado, até mesmo as suas boas intenções. No meu caso, isso faz parte da minha agenda e me incomoda.

E isso também se aplica ao enredo das histórias. Falando um dia com uma escritora de LIJ uruguaia, ela argumentava que era artificial pensar que o mundo adulto ficasse excluído da resolução dos problemas das crianças. Que na vida cotidiana os adultos participavam do que acontece e que seria inevitável que isso ocorra na vida de ficção. Costumavam ser os adultos os que resolvem as coisas e, portanto, era desejável que o mesmo acontecesse na LIJ.

Respeito o ponto de vista e compreendo a sua lógica, mas não estou de acordo com ele. O mundo de ficção não é o mundo cotidiano, onde as coisas funcionam ou devem funcionar de uma certa maneira. O mundo ficcional não é uma imitação da vida. Se fosse, seria muito pouco interessante. Não seria uma criação. O mundo ficcional é um lugar onde se reflete o mundo cotidiano. E muitas vezes a ficção é como os espelhos distorcidos onde nos olhamos para ver como seriamos. Quanto mais deformado for o espelho, mais interessante, mais incisiva a faca no momento de cortarmos e mais nos obriga a nos perguntar quem somos e qual é nosso mundo cotidiano.

Ou seja, o mundo ficcional é anárquico. Na literatura, os personagens podem voar, ser imortais, estar em Montevidéu e ali encontrar uma rua que não está nos mapas. O que isso importa? O mundo ficcional é um lugar de liberdade, onde não colocamos limites, como se as crianças ou os jovens não pudessem resolver os seus problemas por sua conta.

Que os resolvam por sua conta. Que nos ignorem. Por que não? Uma novela não é o mundo cotidiano. O valor da ficção não é o testemunho, a descrição histórica. Ou pelo menos, não é o seu valor fundamental. Se a missão da ficção fosse ser testemunhal, por que falaríamos sobre o “teste do tempo”? Que importa que algo “resista” ao tempo? ¿Romeu e Julieta é testemunhal?

Não, o seu valor é outro. É simbólico. E mesmo que tenha sido escrito séculos atrás, continua explicando, de alguma forma, como amamos, o que é esse sentimento, até onde pode nos levar e o confuso e o cruel que costuma ser o destino quando se cruza com os amantes.

A ficção não precisa ser verosímil, precisa ser fidedigna. Verosímil é semelhante a verdadeiro. Fidedigno é usado para descrever algo que é certo, no sentido profundo do termo. Espero, como escritor, me aproximar da veracidade (ou de uma veracidade), e não da verosimilhança.

Portanto, nesta terra fértil da ficção, onde tudo é possível, creio que as crianças e os jovens podem enfrentar e resolver qualquer coisa sem a ajuda de nos, os adultos. Que façam isso. Não vai acontecer nada de errado se imaginar que não precisam de nos. E depois, também, sejamos cuidadosos com o que pensamos sobre o mundo cotidiano. Quem diz que no mundo cotidiano não pode acontecer tal ou tal coisa? Às vezes, pensamos de acordo com a média mental que existe sobre a realidade. Posso dizer que em um grupo de pessoas, a idade média é de 30 anos. Essa média pode me fazer pensar que a maioria tem 30, mas talvez ninguém neste grupo tenha 30. E que haja uma média de 30, não significa que não possa haver um bebê de meses e uma mulher idosa de noventa no mesmo grupo.

Comecei esta reflexão me perguntando por que escrevo para crianças e jovens. As razões são simples. Pelas mesmas razões que escreveria qualquer ficção. Para descobrir. Para compartilhar. Para ser livre. Para remexer. Para sentir prazer. Para ser estrangeiro. Para me adaptar. Para me desafiar. Para me modificar. Para saber que não sei. Para ser eu. E não sou doutor em nada, afinal de contas não curo ninguém. Nem mesmo diagnostico. Tampouco sou um especialista. Só faço o que posso, o melhor que posso, contar o que anda pela minha cabeça sem guardar nada.

Como é dito no filme Beleza americana, olhemos mais de perto. E deixemos a ideia das médias preconcebidas, do que se pode ou não se pode na ficção. Se pode tudo. Em LIJ também, se pode ser tudo, se encontrarmos a maneira de conectar. É disso que se trata. Conectar-se. Conectar com o alheio. Com nós mesmos e com os outros.

Honestamente, o que poderia ser melhor que isso?1Texto apresentado no 4° Foro Teórico de Literatura Infantil Juvenil – Mesas de reflexión, promovido pela Biblioteca Pública de Las Misiones – Parque del Conocimiento, maio de 2015.

Tradução Dolores Prades


Imagem: Ilustração de Mariana Zanetti.


Nota

  • 1
    Texto apresentado no 4° Foro Teórico de Literatura Infantil Juvenil – Mesas de reflexión, promovido pela Biblioteca Pública de Las Misiones – Parque del Conocimiento, maio de 2015.

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  • Federico Ivanier

    Nasceu em Montevideo, Uruguai, em 1972, estudou roteiro na UCLA e literatura criativa na Escola Tai de Madrid. Publicou mais de 15 novelas infantis e juvenis já lançadas na Argentina, Paraguai e Colômbia. Ganhou o Premio Nacional de Literatura del MEC e o Bartolomé Hidalgo da Cámara Uruguaya del Libro. Também trabalhou como roteirista em rádio e escreveu o roteiro do filme animado Anina (2013). Estudou Sociologia na UDELAR.

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